Rio de Janeiro ultrapassa São Paulo em prejuízos com roubo de cargas e é o maior Estado no índice de julho a setembro de 2024

04/12/2024

Dados da nstech indicam que a região Sudeste registrou 89,5% dos prejuízos, contra 83,6% no mesmo período de 2023. SP e MG também compõe o ranking de maior índice de sinistros;

A nível nacional, as cargas fracionadas seguem como principal alvo das quadrilhas: 56,3% dos sinistros vs 53,1 no mesmo período de 2023.

Pela primeira vez desde janeiro de 2022, o report "Análise de Roubo de Cargas" da nstech, maior empresa de software para supply chain da América Latina, indica que o Estado do Rio de Janeiro assumiu a liderança no índice de sinistralidade, ultrapassando São Paulo, que, até então, era o polo mais crítico. Os dados, obtidos pelas três gerenciadoras de risco do grupo – BRK, Buonny e Opentech –, indicam que, entre julho e setembro de 2024, as viagens em estradas do Rio representaram 45,8% do total de prejuízos com roubo de cargas, contra 12,7% no mesmo período do ano anterior. Entre os carregamentos mais visados, estão os fracionados (60,4%), higiene e limpeza (19,1%) e alimentício (13,1%). Os municípios mais críticos foram a capital com 59% de incidência, Paracambi 11% e Japeri 9,2%.

No trimestre analisado pelo levantamento, a região Sudeste concentrou 89,5% dos prejuízos com carga roubada, contra 83,6% no mesmo período do ano anterior. No entanto, São Paulo e Minas Gerais, que acompanham o Rio de Janeiro na liderança do volume de sinistros na região, registraram queda na incidência ao longo de 2024: São Paulo apresentou redução de 42,1% para 36,6% e, em Minas Gerais, o decréscimo foi acentuado: de 26,7% para 7,1%.

Cenário por região

O Nordeste se manteve em segundo lugar na comparação entre as regiões, com queda no percentual de prejuízo de 9,2% para 7,5%. O Sul foi o terceiro lugar mais crítico, mas, mesmo assim, registrou queda de 3,5 p.p. em relação ao terceiro trimestre de 2023.

Cenário por Estado

A respeito dos Estados, após o ranking RJ, SP e MG, aparece a Bahia, com percentual de prejuízos em 2,5%. Na sequência estão o Ceará e o Paraná, ambos com 1,6%.

Incidência de sinistros por dias da semana e período

No Rio de Janeiro, as tardes (44%) foram os horários mais vulneráveis para roubos, seguidos pelas madrugadas (24,3%), enquanto terça-feira (24,8%) e quarta-feira (23,8%) foram os dias mais perigosos.

Em São Paulo, 30% dos prejuízos causados ocorreram à noite (31,7%), seguido pelas madrugadas (27,2%). Segunda-feira foi o dia da semana mais crítico com 44,5% dos prejuízos.

Já em Minas Gerais, o intervalo mais sensível do dia foi a madrugada, com 72,1% dos sinistros. 85% dos prejuízos se concentraram nas segundas e quartas-feiras no Estado.

O mesmo dado a nível nacional indica que as segundas-feiras somaram um quarto do valor dos prejuízos, ligeiramente à frente das quartas-feiras, que corresponderam a 21,8% do total. Os roubos nas madrugadas obtiveram crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior, somando 32,2% contra 21,7% dos prejuízos. As tardes, que em 2023 representaram 16,9% dos problemas, saltaram para 29,1% do total sinistrado neste ano.

Cargas fracionadas e gêneros alimentícios são os mais roubados

Assim como no Rio de Janeiro, em São Paulo, as cargas fracionadas foram novamente as mais afetadas, com 52,1% do prejuízo total, à frente de alimentos (27,2%) e eletrônicos (5,6%).

Já em Minas, os fracionados se mantiveram na liderança (77,5% no 3T24 e 53,5% no 3T23), o que chamou a atenção neste ano foram as consequências com roubos a defensivos agrícolas (19,4%), lugar ocupado em 2023 pelos gêneros alimentícios.

A nível nacional, as cargas fracionadas continuam sendo o principal alvo das quadrilhas de roubo. No 3T24, representaram 56,3% dos sinistros e, no mesmo período de 2023, 53,1%. O gênero alimentício vem logo seguida, com 22,3% do prejuízo apurado no período.

Trechos urbanos foram os mais vulneráveis, com 40% do valor total

Em São Paulo, os trechos urbanos não foram os recordistas desta vez. A SP-330 foi a mais sensível, somando 40,4% dos prejuízos registrados no Estado no terceiro trimestre de 2024. Em 2023, os trechos urbanos representaram 16% do prejuízo e, entre as rodovias, a sinistralidade foi maior na SP-348 (8,5%), ligeiramente à frente da SP-234 e da BR-116.

Em Minas Gerais, a rodovia BR-281 registrou mais da metade dos sinistros (52,1%). Em 2023, as líderes em sinistralidade foram a BR-381 (38,5%) e a BR-393 (18,2%). Os trechos urbanos representaram apenas 2,6% dos prejuízos no terceiro trimestre de 2023 no Estado.

Na comparação nacional, no terceiro trimestre de 2024, as áreas urbanas foram as mais vulneráveis com 40% do valor sinistrado. Líder na soma de prejuízos por roubo de cargas durante o terceiro trimestre de 2024, a SP-330 correspondeu a 14,8% do valor em sinistros, seguida pela BR-116 (12,9%) e BR-101 (5,6%).

"Em meio ao cenário de aumento de roubo de carga no Rio de Janeiro e tendo a região Sudeste como maior local de índice, empresas do ramo logístico precisam passar a ter a tecnologia como principal aliada na redução dos prejuízos e acidentes envolvendo roubo de carga, também adquirindo otimização dessas operações. Com isso, é possível aumentar a segurança, a eficiência e a rastreabilidade das cargas, reduzindo o risco das estradas e a probabilidade de perdas e danos", finaliza Maurício Ferreira, Vice-Presidente de Inteligência de Mercado da nstech.

Sobre a nstech:
A nstech é a maior empresa de software para supply chain da América Latina e pioneira na categoria plataforma Open Logistics. Reúne mais de 100 soluções que hoje atendem cerca de 75 mil clientes do setor, incluindo as maiores empresas do mundo. Centrada na resolução das dores de todo o ecossistema logístico, oferece tecnologias completas e modulares para que as empresas possam evoluir seus negócios, crescer mais gastando menos, fazer entregas mais eficientes e impactar a sociedade ao reduzir a emissão de CO2, acidentes e roubos.

Reúne mais 2,5 milhões de motoristas em seu banco de dados, o maior do Brasil, e está presente em 15 países — Angola, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, EUA, México, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Uruguai e Venezuela. A nstech impulsiona as empresas para o futuro da logística através da construção da "Logistics Advantage", fazendo o mundo funcionar melhor para todos.