Pesquisa mostra que 61% dos brasileiros viajam, pelo menos, uma vez ao ano
Abrati aponta que transporte rodoviário é alternativa acessível para os deslocamentos de lazer
A maioria dos brasileiros (61%) viaja a passeio, pelo menos, uma vez por ano. Belezas naturais, preços acessíveis e a possibilidade de reencontrar familiares e amigos estão na lista de fatores determinantes para a escolha dos destinos nacionais, segundo a pesquisa Tendências de Turismo Verão 2025 – comportamento da população brasileira, encomendada pelo Ministério do Turismo (MTur). Neste contexto, a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati) aponta o transporte rodoviário interestadual como o melhor custo-benefício para quem deseja explorar o país de ponta a ponta.
A pesquisa foi realizada pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados. Ela mostra que, dos 61% que realizam viagens de lazer, 33% viajam uma vez ao ano, 22% de duas a três vezes e 6% viajam quatro vezes ou mais.
Entre os destinos mais procuradas, estão Salvador (BA), Florianópolis (SC), Amazônia (AM) e Rio de Janeiro (RJ). A pesquisa também revelou os principais custos das viagens. Alimentação, hospedagem e transporte aéreo são os maiores gastos, sendo que o transporte aéreo é o mais significativo para 22% dos entrevistados.
Com serviços seguros e de alta qualidade, as tarifas rodoviárias de curtas e médias distâncias representaram uma economia de cerca de 90% em relação a outros modais de transporte, como por exemplo os trechos aéreos operados para os mesmos destinos em trajetos de até 12 horas.
"Em um país de dimensões continentais como o Brasil, os modais rodoviário e aéreo são complementares. E contam com tarifas e características, como a capilaridade bem distintas. Para os passageiros que moram longe de grandes centros urbanos, as vantagens são ainda maiores. Isto porque os usuários de ônibus não dependem de deslocamentos até aeroportos, que se somam à espera e ao tempo de viagem. Assim, o transporte rodoviário representa uma alternativa complementar e confortável, já que o usuário pode embarcar na cidade onde mora e seguir para o destino em um mesmo veículo", explicou a conselheira da Abrati, Letícia Pineschi.
O trecho entre São Paulo e Rio de Janeiro foi o que representou a maior diferença de preços. A viagem rodoviária de 426,31 quilômetros, feita em 6h25, representou uma economia de 92% sobre os valores praticados pelas companhias aéreas.
As vantagens também são grandes em outras rotas. Entre o Rio de Janeiro e Vitória (ES), as viagens de ônibus representaram uma economia de 89% em relação ao modal aéreo. O trecho de 534,25 quilômetros é feito em 7h30.
Na região Nordeste, o trajeto de 525,87 quilômetros entre Natal (RN) e Fortaleza (CE), normalmente realizado em 8h55, tem uma diferença de 86% em relação ao valor cobrado pelo modal aéreo. Já no Sul, a economia é a mesma. O trecho entre Curitiba (PR) e Caxias do Sul (RS) tem 605,48 quilômetros. Neste caso, o trajeto de ônibus fica 86% mais em conta do que o aéreo.