Elebbre monta importação otimizada de fresadoras usadas

12/12/2024

Empresa garante qualidade dos equipamentos trazidos da Europa, com inspeção in loco e suporte no Brasil

O aquecimento do mercado de pavimentação urbana e de rodovias abriu a oportunidade para a Elebbre exercer sua expertise como plataforma de negociação de compra e venda de equipamentos usados. O nicho do momento são as fresadoras, máquinas fundamentais para a execução da pavimentação e que custam em média R$1,5 milhão. Além da alta precificação, a fila para encomendar máquinas novas é de oito meses.

"Com nossa experiência em equipamentos, estabelecemos um programa de inspeção de máquinas disponíveis na Europa, estimulados pelos pedidos de clientes no Brasil, que estavam com dificuldade de comprar equipamentos novos e com medo de perder contratos", resume Renato Nascimento, gerente de Operações da Elebbre.

De acordo com ele, o fato de ter uma base de operação na Europa permite que os especialistas da empresa – liderados pelos sócios fundadores que têm décadas de atuação no mercado de equipamentos – possam inspecionar as máquinas disponíveis in loco e garantir a qualificação dos equipamentos.

Antes de estabelecer o processo atual, Nascimento destaca que a Elebbre fez um estudo da burocracia de importação brasileira, inclusive de todos os encargos tributários e das licenças locais para transportar as fresadoras. Em função desse estudo e de sua estrutura na Europa, a empresa leva cerca de 45 dias para movimentar as máquinas até o Brasil e outros cinco dias para liberá-la no porto.

A busca pelas fresadoras inicia-se com a especificação dos clientes brasileiros, que definem qual é a máquina mais compatível com sua demanda. No caso das obras urbanas, as fresadoras com largura de trabalho de 1 m são as mais demandadas. Para obras de maior porte, os equipamentos com 1,5 m e 2 m podem atender os compradores potenciais, entre eles as construtoras especializadas em pavimentação e as locadoras.

"Os clientes podem acompanhar todas as condições das máquinas na nossa plataforma, onde estão os dados de inspeção. Além disso, na chegada ao Brasil podem avaliar o equipamento no pátio da Elebbre", explica o gerente de Operações. Ele ressalta que a garantia dada pela empresa faz parte do trabalho de criar um ecossistema de negociação de usados pesados no país.

A vistoria em campo na Europa também evita a importação de máquinas que não seriam adequadas ao mercado brasileiro. São fresadoras que atendem padrões de emissões e de motorização europeus e que não seriam funcionais para obras locais.

O suporte da Elebbre não se resume à importação. Como especialista em pesados usados, a plataforma mantém um suporte para compra de peças. "Nossa especialização e padrão de confiabilidade estão no oposto de importadores aventureiros no mercado de equipamentos", explica Nascimento.

Com o mercado aquecido, a Elebbre espera fechar o ano com a negociação de até 35 fresadoras. Durante a Paving Expo deste ano, a empresa consolidou esse tipo de negociação, ao apresentar a plataforma para os clientes potenciais do mercado. Entre os destaques está a metodologia de precificação dos equipamentos, uma espécie de tabela FIP para pesados usados, inédita no Brasil, e baseada em Inteligência Artificial alimentada pelo histórico de negociação da plataforma e pela experiência dos seus especialistas.

Sobre a área de infraestrutura e construção: o estudo mais recente da Sobratema indica um crescimento de 9% na venda de equipamentos pesados novos para 2024. O bom momento também refletiria no segmento de usados. Entre os investimentos anunciados estão os R$24 bilhões para rodovias estatais neste ano. Já a iniciativa privada teria aportado R$12 bilhões somente em 2023 por meio das associadas da ABCR, entidade que congrega as empresas que operam 28 mil km de estradas no país.