Como Big Data e Internet das Coisas estão fazendo as máquinas 'falarem'
Cientista de dados da Caterpillar conta como a empresa tem usado as descobertas digitais para tornar
os equipamentos mais confiáveis
As descobertas digitais facilitaram a comunicação, o trabalho e o acesso às informações. Não é mais possível imaginar-se fazendo o seu trabalho sem acesso a computadores ou dispositivos inteligentes.Os clientes de máquinas de mineração e construção da Caterpillar não são diferentes. Eles precisam de acesso prático a informações que possam ajudá-los a manter seus ativos Cat® funcionando com produtividade máxima e tempo de inatividade mínimo. O uso de dados em tempo real, 24 horas por dia, 7 dias por semana, e a Internet das coisas (IoT) os ajudam a fazer exatamente isso.
A Caterpillar tem atualmente a maior frota conectada do mundo, com mais de 1,2 milhão de ativos em operação
O
gerente sênior de análise digital da Caterpillar, Daniel Reaume, lidera
uma equipe de cientistas de dados que capturam e analisam
as vozes dos produtos da Caterpillar. Eles usam as descobertas para
tornar os equipamentos da Caterpillar mais confiáveis, os clientes mais
satisfeitos e a empresa mais forte. Daniel explica como a Caterpillar
usa dados de máquinas e motores para dar suporte
ao sucesso do cliente.Equipamentos que "falam"
"Nosso equipamento fala conosco de várias maneiras porque nossos
processos de coleta de dados são construídos em modelos de negócios
sólidos. Assim, coletamos dados dos equipamentos mediante três
componentes principais: os sensores que coletam dados como os
de temperatura, queima de combustível e GPS; a "caixa" que coleta,
integra e faz cálculos desses dados e os prepara para serem enviados
para a Caterpillar e, finalmente, da transmissão de dados mediante uma
variedade de canais e redes de comunicação.A maioria das novas máquinas e novos motores Cat e grande parte da frota
mais antiga da marca têm o potencial de coletar e transmitir dados.
Atualmente, a Caterpillar possui a maior frota conectada do mundo, com
mais de 1,2 milhão de ativos conectados em campo.
"Há um bom tempo, vendemos nossas máquinas como 'ativadas para
conectividade', por isso mesmo equipamentos mais antigos podem agora ser
ajustados para a conectividade", explica Daniel.A quantidade e os tipos de sensores nas máquinas e motores da
Caterpillar variam de acordo com o tipo e modelo do ativo. Máquinas e
motores menores geralmente têm sensores menores e menos complexos do que
as máquinas de mineração de grande porte.O que os dados nos dizem
Daniel explica que os dados das máquinas e dos motores são classificados
em dois grandes grupos. O primeiro grupo é como luzes de advertência no
painel de um carro; o segundo é mais como leituras reais da pressão
atual dos pneus ou da voltagem da bateria de
um carro.A primeira categoria pode incluir dados de queima de combustível,
informações de GPS e códigos de falha. A análise avançada permite à
empresa usar dados simplificados - como códigos de falha - para ajudar a
prever problemas de manutenção, desempenho deteriorado
etc. Mas a capacidade de ação e a precisão das previsões podem não ser
tão boas quanto com fontes de dados mais ricas.O segundo tipo de dados é o mais rico e complexo. Geralmente envolve
amostras de leituras de sensores feitas uma vez por segundo ou com ainda
mais frequência. "No momento, coletamos esses dados principalmente de
equipamentos de mineração e os de construção
maiores", conta.Depois de coletar os dados, pode-se identificar padrões. Por exemplo, os
dados podem dizer que, quando o operador aciona os freios, a pressão
não se recupera tão rapidamente quanto o esperado. "Nesse caso,
recomendamos uma inspeção para verificar se há vazamento
no sistema. Se for esse o caso, o cliente pode providenciar o reparo
antes que se torne um problema mais significativo", comenta Daniel."Usando apenas os dados do código de falha, podemos alertar sobre a
baixa pressão - mas talvez não tão cedo quanto com os dados mais ricos -
e podemos não identificar o local de um vazamento com tanta precisão.
Observe que não dependemos apenas de códigos de
falha, mas de padrões e tendências de códigos de falha. Por exemplo, um
único alerta de baixo nível pode não ser preocupante, mas pode vir a
ser se detectarmos um padrão de códigos de falha repetidos,
possivelmente de vários tipos", explica.Independentemente da complexidade dos dados, identificar padrões como
esse ajuda a Caterpillar detectar condições que podem não ser aparentes.
Mesmo dados limitados e de baixo custo, como códigos de falha, podem
permitir o monitoramento de condições e diferenciar
entre uma máquina saudável e uma com um problema iminente.O monitoramento de condições como alerta de problema
Os revendedores Cat usam o monitoramento de condições para rastrear a
integridade dos ativos e alertar os clientes quando algo parece errado
em suas operações. Devido ao vasto conhecimento dos revendedores Cat
sobre os equipamentos e a profunda experiência
no setor, ninguém está mais bem posicionado para monitorar a saúde dos
ativos dos cliente da Caterpillar. Os revendedores podem fazer isso com
desenvoltura até mesmo com frotas de equipamentos de marcas mistas.O que vem pela frente em termos de dados
"Penso nos dados como o novo DNA. Na Caterpillar, estamos usando
técnicas inovadoras e sofisticadas para examinar, explorar, dividir,
fatiar e recombinar dados de novas maneiras para corrigir problemas. É
algo empolgante e que está em constante evolução - as
coisas nunca ficam paradas", conclui o cientista.