ABVE ELOGIA REGULAMENTAÇÃO DO MOVER, EM CERIMÔNIA NO PALÁCIO DO PLANALTO
"Novo programa é um avanço para a eletromobilidade e um exemplo de saudável continuidade das políticas do governo" – diz Ricardo Bastos
O presidente da ABVE, Ricardo Bastos, elogiou a portaria de habilitação
ao Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), assinada pelo
vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin nesta terça-feira (26/3), na
presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, considerando-a um
passo importante para a eletromobilidade no Brasil."O Mover é um avanço nos programas nacionais de apoio ao transporte
sustentável e, ao mesmo tempo, representa uma saudável continuidade em
relação às políticas automotivas que o antecederam, como o Inovar Auto e
o Rota 2030" – disse Ricardo Bastos, perante um auditório lotado de
empresários e autoridades, no Palácio do Planalto."Essa regulamentação mostra que existe uma preocupação com a
previsibilidade das regras do governo para o setor automotivo, condição
fundamental para assegurar um fluxo contínuo e seguro de novos
investimentos no país".O presidente da ABVE foi um dos convidados à cerimônia da manhã desta
terça no Salão Leste do Palácio do Planalto e o segundo a falar ao
público presente, de um total de quatro oradores da iniciativa privada.Ricardo Bastos falou logo depois do discurso do presidente da Abdib,
Venilton Tadini, e foi seguido pelo presidente da Anfavea, Márcio Lima, e
do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges Jr.Pela ABVE, também participou Thaís Machado, diretora de Infraestrutura
da associação e diretora de Relações Governamentais da Raízen em
Brasília.O presidente da ABVE destacou a importância de o governo contemplar
programas de incentivos à eficiência energética e à redução de
poluentes, abrindo espaço para todas as tecnologias de baixa emissão,
inclusive os veículos 100% elétricos e híbridos plug-in."Temos hoje um caminho para o Brasil aproveitar ao máximo os seus
melhores recursos – não só a indústria do biocombustível, mas também as
vantagens estratégicas de uma das matrizes de geração elétrica mais
sustentáveis do planeta" – concluiu Ricardo Bastos.PORTARIA
A portaria assinada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin – que também é
ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – estabelece
as regras de habilitação das empresas à concessão dos créditos
financeiros previstos no Programa Mover (lançado pelo MDIC e assinado
pelo presidente Lula no dia 30 de dezembro de 2023).O Mover prevê incentivos, que podem chegar a R$ 19 bilhões até 2028, às
empresas que apostarem na fabricação de veículos de baixa emissão no
Brasil e investirem em pesquisa e desenvolvimento e na montagem de
centros tecnológicos em território nacional.O programa não se limita a apoiar as empresas de automóveis, como os
anteriores, mas também as de ônibus e caminhões, além de indústrias de
peças e componentes da cadeia produtiva do transporte de baixa emissão.O Mover prevê critérios para incentivar as tecnologias de menor impacto
ambiental, por meio da medição da "pegada de carbono" de todo o processo
produtivo dos veículos e componentes.O programa propõe um inovador conjunto de medições "do poço à roda", do
"berço ao túmulo" e de "reciclabilidade", que rastreará o impacto
ambiental de todo o processo industrial dos veículos, desde a produção
de insumos até o descarte final dos produtos."Esse é o pontapé inicial, o primeiro de uma série de atos normativos do
MDIC para regulamentar o maior programa de mobilidade já feito no
Brasil" – disse Geraldo Alckmin. "Ele vai contribuir não apenas para a
descarbonização, mas também para o aumento da competitividade e da
atividade econômica, gerando emprego e renda".INFRAESTRUTURA
Na cerimônia desta terça-feira, o governo também anunciou a assinatura
do decreto que regulamenta a emissão de debêntures para o financiamento
de projetos de infraestrutura, instituída pelas leis 14.801/2024
e 12.431/2011.Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, essa regulamentação
permitirá que as debêntures (títulos de dívida emitidos por empresas
privadas) sejam mais um instrumento para ampliar os investimentos em
infraestrutura no Brasil.A regulamentação, segundo ele, facilitará o aporte de recursos em
projetos estratégicos por parte de empresas dispostas a investir, mas
não necessariamente interessadas em liderar ou gerir tais projetos.Além do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin, também
participaram do evento no Palácio do Planalto, entre outros, o ministro
da Fazenda, Fernando Haddad, a ministra de Ciência, Tecnologia e
Inovação, Luciana Santos, e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.